LG OLED G1 – Resenha
Qualidade de imagem (principal) | 10 |
---|---|
Luminosidade e cores | 8.9 |
Qualidade de imagem (complementar) | 9.7 |
Performance em modo HDR | 8.8 |
Movimentos em cenas | 9 |
Conectividade e suporte a formatos | 9 |
Características de TV Smart | 7.5 |
Custo-benefício | 6 |
- Contraste infinito
- Visão em ângulo muito boa
- Luminosidade máxima da tela em modo HDR supera praticamente todos os modelos OLED
- Excelente uniformidade de preto
- Uniformidade de cinza muito boa
- Excelente gama de cores
- Painel de 120 Hz
- Excelente desempenho em cenas em movimento (transições de quadros praticamente instantâneas)
Avaliação
A linha 2021 da LG traz, além da OLED G1, mais 2 modelos de mesma tecnologia: o OLED A1 e o OLED C1. Por serem muito parecidos, as resenhas também são bastante similares, sendo feitas observações pontuais relevantes quando pertinente.
Qualidade de Vídeo (aspectos principais)
A tecnologia OLED traz uma série de pontos positivos frente às outras tecnologias, conforme já explicado no artigo que detalha as principais características das Smart TVs.
Um ponto inicial importante é que o LG OLED G1 é vendido com o termo “Evo” em seu nome comercial, com enfoque para o posicionamento de que este modelo seria uma “evolução” em relação a outros modelos de tecnologia OLED, principalmente em relação a uma maior luminosidade máxima da tela (assunto tratado mais abaixo na resenha, em seção adequada).
Contraste da tela é infinito
Como principal vantagem do painel OLED (e, portanto, também presente no LG OLED G1) é o fato do contraste ser infinito (consegue gerar o preto “puro”). Isto acontece porque cada pixel possui sua própria fonte de luz independente das demais, e que pode ser desligada de forma individual.
Essa característica garante uma qualidade de imagem que não pode ser comparada nem aos melhores modelos LED e QLED, além de não necessitar de artefatos para aumentar o contraste (como o local dimming).
O fato de cada pixel conseguir controlar sua luminosidade de forma individual também traz um nível muito maior de definição dos pequenos detalhes das imagens, já que em modelos LED/QLED o painel só consegue controlar a luminosidade por grupos de píxeis, e não por unidade.
Pixel WRGB
Ainda sobre os píxeis, é importante ressaltar que, ao contrário da estrutura “padrão” RGB, a LG OLED G1 utiliza o WRGB. O “W” inclui um componente branco e que, em teoria, serve para oferecer luminosidade “extra” a cada pixel, sem comprometer a definição/precisão de cor pelos componentes R, G e B.
Qualidade de imagem (principais aspectos)
Luminosidade e Cores
A luminosidade da tela na LG OLED G1 é, no modo SDR, considerada nada mais do que regular. O valor máximo medido de luminosidade na tela, neste modo, foi de 394 nits que é um valor inferior, como exemplo, ao modelo Q60A da Samsung (que é o modelo de “entrada” da linha QLED).
Painel “Evo” de fato apresenta evolução frente a modelos anteriores
No modo HDR, a figura muda de forma positiva. O valor medido é de 780 nits, o que garante boa performance para reproduzir de forma satisfatória os destaques em cenas, quando necessário. Como comentário adicional, é importante dizer que esse valor de luminosidade é um dos maiores alcançados para modelos OLED. Porém, ainda fica bastante atrás de modelos QLED considerados “top de linha”, como o Samsung QN85A e QN90A.
Como conclusão: o painel “Evo” da LG OLED G1 realmente se mostra superior em termos de luminosidade, apesar de não ser muito melhor neste aspecto que o modelo OLED C1 (e que custa relativamente muito menos).
Limitação automática de brilho da tela precisa ser citada
Porém, um ponto negativo a ser mencionado (e que afeta de forma geral todos os modelos de tecnologia OLED) é a funcionalidade de Automatic Brightness Limiter (ABL), que é usada de forma muito agressiva.
Embora todos os modelos tenham alguma forma de limitar a luminosidade da tela, a LG OLED G1 acaba variando muito dependendo do tipo de imagem sendo exibida, e pode incomodar alguns espectadores. Para evitar este problema, o modelo oferece inclusive uma opção de desabilitar os “picos de luminosidade”, o que acaba reduzindo ainda mais a luminosidade “média” exibida nas cenas; ou seja, prejudica ainda mais o aspecto de luminosidade da tela, que é um dos pontos fracos do modelo.
Excelente gama de cores
Como um ponto positivo adicional importante dos modelos OLED, a LG OLED G1 segue o padrão deste tipo de tecnologia, conseguindo reproduzir uma gama de cores bastante ampla.
De acordo com o teste dedicado, seu preenchimento dos espaços de cores padronizados DCI-P3 e Rec 2020 ficam em 99% e 72%, respectivamente. Estes valores superam inclusive os modelos QLED mais caros, como Samsung QN85A e QN90A, e são superiores aos outros modelos LG de mesma tecnologia lançados este ano (o OLED A1 e o OLED C1).
Luminosidade e Cores
Qualidade de Vídeo (aspectos complementares)
Boa uniformidade de cinza
A boa qualidade do painel da LG OLED G1 é atestada pelo resultado do teste de uniformidade de cinza. Ele apresenta quantidade muito baixa de imperfeições ao exibir um tom único de cor por todo o painel, que são dificilmente percebidas a olho nu, independentemente do tipo de cena sendo exibida. Isso garante que o usuário não tem como se queixar do efeito de “tela suja” ou “manchada” (dirty screen effect).
Uniformidade de preto é perfeita
Assim como em outros modelos que possuem tecnologia OLED, a uniformidade de preto do painel da OLED G1 é perfeita. Isso porque, para exibir o preto (conforme já explicado na primeira seção), o painel pode simplesmente desligar a fonte de luz de cada um dos pixels, de forma independente e individual. Esta característica garante ótima definição de imagens, sem falhas, mesmo em cenas predominantemente escuras. Esta é, portanto, mais uma das grandes vantagens de modelos OLED frente aos modelos desta mesma geração, porém de tecnologia QLED, como os já citados Samsung QN85A e QN90A.
Visão em ângulo é muito boa
Da mesma forma como outros modelos de tecnologia OLED, a LG OLED G1 exibe uma imagem praticamente sem distorções, mesmo quando observada em ângulo. O que chama a atenção é que a tela se sai melhor nesse aspecto, inclusive quando comparada a outros modelos que possuem no ângulo de visão uma de suas principais vantagens, como painéis IPS ou ADS.
Sem retenção temporária de imagem
Diferentemente dos modelos OLED de gerações anteriores, a LG OLED G1 não possui qualquer retenção temporária de imagem. Ou seja, ao fazer a transição entre um quadro e outro, a tela não permanece com “vestígios” perceptíveis do quadro anterior.
Risco de burn-in permanente
Conforme explicado no artigo guia de compra de Smart TVs, a principal desvantagem da LG OLED G1 (assim como em outras TVs OLED) é o risco de burn-in permanente de partes do painel, caso permaneça exposta a um mesmo tipo de imagem em parte da tela por muito tempo (como o logo de um canal de TV, ou certos indicadores na tela em games).
Vale ressaltar que a LG OLED G1 possui uma série de configurações que têm a finalidade justamente de evitar (ou retardar) esse “dano permanente” na tela: Pixel Cleaning, Screen Move e Adjust Logo Brightness. Todas essas funções tem como objetivo forçar mudanças (temporárias) nesses píxeis que ficariam expostos por longos períodos “sem alterações” de cor e luminosidade.
Embora não exista nenhuma comprovação que esse tipo de problema afete o modelo específico sendo analisado nesta resenha (e que cada novo modelo a tecnologia é aprimorada para evitar o burn-in permanente), esse risco conta como ponto negativo. É interessante também destacar que o site RTINGS realiza um teste permanente desta questão com TVs OLED, publicando atualizações regulares nesta página aqui.
Aspectos complementares de imagem
Movimentos em cenas
O painel da LG OLED G1 é capaz de transições extremamente rápidas entre quadros, com tempo de transição total de 2,4 ms.
Esta rapidez do painel resulta em transições tão rápidas em cenas com movimento, que pode tornar perceptível o efeito de stutter, que é quando o espectador consegue “perceber” a transição entre um quadro e outro. Esse tipo de problema é mais facilmente perceptível quando o conteúdo sendo exibido possui uma taxa de quadros por segundo relativamente baixa (como filmes, em 24p).
Para evitar esse efeito indesejado (onde as transições de quadros ficam “perceptíveis”), a LG OLED G1 conta com a função de interpolação de quadros, com excelentes resultados, sem adição de artefatos adicionais indesejados na tela.
Painel de 120 Hz
Assim como outros modelos de maior custo, a LG OLED G1 possui painel com frequência (nativa) de atualização de 120 Hz, sendo esta uma característica especialmente importante para gamers.
O painel possui inclusive uma funcionalidade de ajuste automático de frequência de acordo com a fonte de imagem. O modelo é compatível com as principais tecnologias para implementação deste ajuste automático, como o FreeSync e o HDMI Forum VRR.
Input lag relativamente baixo
O input lag (em modo jogo) medido na OLED G1 é de aprox. 10 ms, que é um valor baixo. Ressalta-se, porém, mais uma vez, que esta é uma característica relevante somente para games.
Movimentos em cenas
Conectividade e Suporte a Formatos
A LG OLED G1 oferece 3 entradas USB e 4 entradas HDMI, sendo todas laterais. Todas as entradas HDMI são do tipo 2.1, o que conta como ponto positivo adicional.
Ela também oferece uma saída de áudio analógica (conector 3.5mm).
Conectividade
Suporte a formatos HDR
A LG OLED G1 fornece suporte a todos os formatos básicos para exibição de conteúdo em HDR (com exceção do HDR10+), mas também é capaz de reproduzir conteúdo em Dolby Vision.
Suporte a formatos HDR
Características de TV Smart
Assim como em outras TVs LG, o modelo OLED G1 utiliza o sistema webOS como plataforma de acesso a aplicativos.
É uma interface bastante fácil de utilizar, possuindo as mesmas funções que outros fabricantes fornecem, no entanto arranjadas de outra forma. Não há como considerar isso bom ou ruim, é uma questão de costume do usuário na utilização da TV.
O webOS traz ainda um sistema de interpretação de comandos de voz (ThinQ AI) que possibilita uma vasta gama de operações. A integração com o Google Assistente e Alexa também são interessantes.
Controle remoto Smart Magic de excelente funcionalidade
O controle remoto presente na LG OLED G1 é o mesmo de praticamente todos os modelos da marca, chamado de Smart Magic. Ele possui excelente funcionalidade, possuindo inclusive o air mouse (ponteiro na tela), facilitando a navegação por aplicativos da TV.
A utilização do smartphone como controle da TV também é possível, através de aplicativo próprio da fabricante, oferecendo as funções mais básicas, além de outros adicionais interessantes como a utilização da tela do smartphone como ponteiro para air mouse na tela. Espelhamento da tela também é possível.
Características de TV Smart
Veredito
- Contraste infinito
- Visão em ângulo muito boa
- Luminosidade máxima da tela em modo HDR supera praticamente todos os modelos OLED
- Excelente uniformidade de preto
- Uniformidade de cinza muito boa
- Excelente gama de cores
- Painel de 120 Hz
- Excelente desempenho em cenas em movimento (transições de quadros praticamente instantâneas)
- Funcionalidade de limitação automática de brilho da tela pode incomodar alguns espectadores
- Custo-benefício inferior a outros modelos OLED
- Risco de burn-in da tela não pode ser descartado
Clique aqui para ver a tabela comparativa de todos os modelos analisados
Os dados utilizados nesta resenha para medição de contraste, luminosidade, gama de cores, tempo de resposta e input lag foram retirados da análise feita pelo site RTINGS – modelo norte americano LG série OLED G1 (disponível através deste link). Recomendamos a leitura completa desta resenha adicional, para maiores informações sobre resultados de testes complementares aos expostos aqui neste texto.
Opções de tamanho
A série OLED G1 da LG está disponível em somente 1 tamanho: o LG OLED65G1PSA (65 polegadas).
Dimensões e peso do modelo LG OLED65G1PSA (65 polegadas)
Espessura máxima: 1.99 cm
Altura (sem base): 83 cm
Altura (com base): 97.1 cm
Largura: 144.6 cm
Peso (com base): 29.2 kg
Não foi feito nenhum comentário ainda.